DECIDI


Decidi deixar o fel de lado.
Decidi que a vida é linda demais para que eu a despreze com coisas que me apequenam.
Decidi olhar para fora e expurgar tudo que me enferma a alma.
Decidi que a vida é muito mais do que a visão cinzenta que muitas vezes trago.
Decidi que farei das tempestades uma gota d’agua e do fim do poço um lugar pra dessedentar.
Decidi que minhas queixas iram cessar mesmo que para isso eu necessite reafirmar constantemente o desvalor delas; até que a força com a qual eu as nutri se finde.
Decidi que serei bem mais do que me tornei, porque passei a entender que a mesmice não é o meu destino.
Decidi que terei um sorriso na face e estenderei mais vezes a minha mão, porque a falta desta atitude nos atrofia e enrijece.
Decidi que serei mais leve e me esforçarei para ouvir mais, porque o que falo, já sei.
Decidi que vou me dedicar ao exercício do amor, porque é óbvia e lógica esta atitude; mesmo que pareça uma atitude utópica.
Decidi que serei pratico e que concretizarei as minhas conclusões, porque deixá-las a deriva é sinal de demência,
Enfim...
Decidi que viverei e permitirei que a vida seja totalmente esplendorosa, porque menos que isso é ir morrendo.